Governos cortam à CP<br>e pagam aos privados

«Da análise aos dois relatórios recentes do Tribunal de Contas, conclui-se que os sucessivos governos têm tido dois pesos e duas medidas para as operadoras ferroviárias», comenta o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário.
Num comunicado em distribuição nas empresas do Grupo CP, o SNTSF/CGTP-IN publica os números dos últimos três anos, demonstrando que, «para a CP, tem-se cortado no pagamento das indemnizações compensatórias», mas o mesmo não tem sucedido para a Fer­tagus, que até pratica um tarifário mais elevado.
Afirma o sindicato que, «se a CP, com gestores competentes, tivesse as mesmas facilidades que a Fer­tagus, os números seriam bem diferentes e a CP não seria, sistematicamente, falada pelos seus maus resultados». Quanto à Fer­tagus, «com todas estas facilidades e benesses, ainda se dá ao luxo de não cumprir a lei da contratação colectiva, sem que o Governo faça nada».
O SNTSF frisa que «não se pode insistir nas mesmas medidas que deram origem ao actual estado da CP» e que «os ferroviários, pelo seu empenho no dia-a-dia, não merecem as sistemáticas campanhas negativas contra a CP e o sector ferroviário».

EMEF

A propósito da nomeação da administração da EMEF, o sindicato critica a insistência «em soluções que são o problema» da empresa e que, além disso, «significam uma subalternização dos quadros ferroviários que, mais uma vez, são ultrapassados por critérios políticos partidários».
Apelando aos quadros, para que juntem «a sua voz e força» aos restantes trabalhadores, o SNTSF aponta as novidades das nomeações: «a repromoção do presidente, eng. Vítor Távora, que já foi primeiro, depois passou para segundo e agora é novamente primeiro», e a entrada de um quadro vindo do Metropolitano


Mais artigos de: Trabalhadores

Protestos na rua por todo o País

Em Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro, Guarda e outras localidades, os trabalhadores e os seus representantes manifestaram justo descontentamento e explicaram os motivos por que reclamam uma nova política.

O Natal não é igual para todos

A União dos Sindicatos de Lisboa promoveu, dia 15, uma arruada pela baixa de Lisboa, para denunciar o aumento do custo de vida e do desemprego e a política dos baixos salários.

Destruição da Função Pública

A comissão presidida por Luís Fábrica quis «testar as linhas mestras» da «destruição do regime da Função Pública, do vínculo de emprego público e do sistema de carreiras e remuneratório», acusou a federação sindical do sector.

Eleições na Petrogal reforçam unidade

A lista unitária elegeu dez representantes, dos onze que constituem a Comissão Central de Trabalhadores.Nas eleições realizadas nos dias 12 e 13, e cujo escrutínio foi feito dia 14, a Lista A (unitária) concorreu à CCT e a todas as sub-comissões locais (10 estruturas, num total de 25 elementos). A Lista B (com membros...

Resistência na <em>Autoeuropa</em><br>contra a chantagem

Os trabalhadores da Autoeuropa decidiram segunda-feira, em plenário, rejeitar o acordo proposto pela administração e que tinha sido previamente apresentado à CT. A administração tinha proposto retomar as negociações em Janeiro, mas acabou por ser marcada uma reunião para ontem.Em causa está a actualização dos salários...